Menina cansada de sempre forçar sorrisos, de não deixar transparecer seu intimo. Menina tão infeliz, enojada da hipocrisia desse mundo perverso.Simplesmente uma menina morta por dentro à algum tempo. Menina sofrida, só teve decepções na vida. Família complicada, amor não correspondido, amigos que a abandonaram, traumas da vida […]Reclama de ficar sozinha, mas gosta disso, na verdade prefere viver assim, pois sozinha, ela não precisa fingir que é uma pessoa feliz. Menina sensível, se machucava até com um “oi” mal dado. Vivia falando que não se importava com o que os outros pensam, mas que no fundo isso é uma mentira, pois se não se importasse não fingiria estar bem, não passaria maquiagem, não gastaria tempo pensando na roupa que vai usar, não se importaria com essas futilidades necessárias. Mas uma coisa ela tinha de bom, saber valorizar as pessoas que ela ama.Chega até a sufocar as vezes, muito possessiva, muito ciumenta. Pois ela tem medo de perde-las, de ser substituida por alguém melhor, que na verdade é muito fácil de se encontrar. Menina pacífica, não gosta de brigas, não gosta de guerras. Acha isso tudo uma perda de tempo. O mundo não vai melhorar através disso, pelo contrário, guerra só gira mais guerra, mais inimigos, mais sofrimentos, e mais perdas. Perdas[…] disso ela entendia. Menina de pensamento forte, gênio complicado, muito teimosa, muito frágil apesar da posse de durona, uma menina que demorava para se apaixonar, mas quando isso acontecia, ela se entregava de verdade. Enfim, ela é uma menina mulher que só quer ser salva.
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Minha vida era preta e branca,sem cor,sem sonhos ou qualquer coisa do tipo..mas de repente eu te vi,quase que automaticamente minha vida começou a criar cor..seus olhos azuis profundos me lembravam o mar,você era perfeito para mim,quando você me olhou,me notou pela primeira vez,eu vi você e eu,juntos,sozinhos só nós dois,olhando o sol se por em uma bela tarde de verão,mas alguma coisa dentro de mim me alertou,dizendo que você não era o tipo de pessoa que eu pensava ser,mas como sou ignorante..nada fiz,simplesmente me entreguei de corpo e alma,a gente saiu,conversamos,rimos e eu ingenua também não percebi suas intenções para cima de mim e mais uma vez me entreguei ignorando todas as fibras do meu corpo que gritavam dizendo ‘ele não é quem você pensa que é’ . Não devia ter ignorando o pressentimento ruim que tinha sobre você,não devia,até eu hoje eu me culpo por isso,até eu hoje eu lembro que você só queria se diverti,você estava afim de outra mas ela não e eu fui apenas uma opção para você. Se você soubesse como dói..nunca teria feito isso comigo,se você soubesse..se você soubesse,mas você não sabe! E nunca vai saber! Porque não conhece a palavra amor, o objetivo da sua vida é se aproveitar de meninas bobas que esperam por um príncipe encantado. E depois de tudo isso me encontro no mesmo estado de antes,mas pior,me sinto como se estivesse sufocada dentro de um túnel,escuro, úmido e solitário apenas esperando pela famosa luz no fim.
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E todo dia ela segue a rigorosa rotina de sorrir, sorrir apenas por sorrir, sorri sem ter motivo algum. A época dos sorrisos espontâneos ficou para trás, em um passado bem distante. Ela simplismente sorri, por sorrir, para que ninguém percebe sua angustia e insegurança. Esconde seus sentimentos, como uma criança amedrontada, pois o medo de ser julgada é maior. Se afastando aos poucos, cada vez mais distânte dos amigos, das pessoas ao seu redor, vive uma realidade só sua, rodeada por sonhos, esperanças. Cansada de tudo e de todos, cansada da falta de espontâniedade das pessoas, cansada, apenas cansada de ser só mais uma entre milhões e milhões de pessoas. Sempre disposta a ajudar aqueles que precisam, sendo que, mal consegue ajudar a sí própria. Mas ela esta sempre ai, lutando por dias melhores, na esperança de que, as coisas mudem, seu destino mude, as pessoas ao seu redor mudem. Enquanto isso não acontece, ela continua sorrindo, seguindo a mesma rotina.
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“Lembro como se fosse ontem. Você era só o observador cego das minhas histórias, agora você é uma delas. De manhã de te via tristonho mas sempre rindo, não te falava porque achei que você fingia bem demais, eu não tenho jeito pra essas coisas. Não tenho nem pra ouvir, quem dirá pra falar, triste verdade. Eu queria ser mais corajosa, mas naquele tempo não pensava tanto nisso, eu nem sequer pensava. Agora eu penso um milhão de vezes antes de agir, por isso acabo não agindo nem fazendo nada. No começo da tarde você ia pra minha casa e me via toda desgrenhada, mas eu não tinha vergonha de ti, por algum motivo não prestava atenção nisso. Você me conheceu sem maquiagem, me viu natural… Você me viu sendo eu mesma todas as vezes. No final da tarde você me encarava, eu até hoje não encaro ninguém por tua causa, mas eu era feliz. Eu tinha você, tinha a sua amizade e o seu carinho, eu nem percebia mas tinha. Você que me fez ter receio de gente que toca na minha mão e olha para os meus pés. Você tinha essa mania, ainda deve ter, de estalar os meus dedos: eu nunca vou esquecer disso, é a sua principal característica que ainda resta na minha memória tão chula e do avesso, desse jeito. E de noite… Bom, a noite me observava e quase me ordenava sair de casa, pra ir caminhar ou correr contigo, você é oposto de mim porque você deve lembrar que eu odeio esportes. Mas eu ia, pra te agradar eu ia e nós andávamos abraçados de vez em quando, mas uma vez eu fiquei constrangida com o olhar das pessoas em nós e nunca mais te abracei. São coisas que eu lembro e gosto de lembrar porque eu mudei, é estranho comparar o meu “eu” de agora com o do “passado”, mas eu reparo. E nas minhas melhores lembranças você prevalece, como daquela vez em que a chave da minha casa caiu pra dentro dela, pela janela e você, como o herói que era fez o maior esforço e trouxe de volta pra mim, e nós rimos e depois nos encaramos mas deixamos como estava, demos a volta no quarteirão e depois de muito cansaço de ambos os lados, nós paramos e respiramos ofegantes. Eu tinha vontade de te matar por ter me feito correr tanto, como a sedentária que sou deixei me levar pelos seus encantos de moço. Mas nós avistamos uma sorveteria, você já sabia o que fazer e me pagou um sorvete de flocos porque sabe que é o meu preferido e nem precisou me perguntar, eu não notei na época mas você me conhecia tanto. Hoje as coisas mudaram e nós estamos distantes mas ainda bem que só literalmente. Seria um crime perder alguém como você, amigo daqueles que eu achei que nunca ia ter.”
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Eu nunca fui de ficar olhando para o céu pensando em coisas que jamais poderia acontecer, e ultimamente estou assim, sonhando acordada toda vez que vejo uma estrela toda iluminada, ou quando simplesmente passa um simples avião. Estou abrindo mais a janela para o vento frio tomar espaço, estou olhando com outros olhos o mundo, querendo conhecer tudo que seja exótico, querendo chegar onde ninguém jamais chegou, quero fazer coisas que nunca jamais ninguém fez, quero ser o pontinho roxo no meio de tantos pretos, quero sentir a chuva pelo corpo e sorrir por pouca coisa, ouvir músicas da minha infância que nunca esqueci, conhecer mais o interior das pessoas e principalmente, conhecer melhor as palavras e escrever algo que faça sentido. Quero ouvir Por Ti Volare do Andrea Bocelli e lembrar de quando eu ia brincar na rua com meus primos e irmão, quero passar uma unica noite sozinha para vê se é a solidão mesmo que eu quero ou viver rodeada de pessoas, quero dias nublados e chuvosos, ventos frios e fortes, mas nada muito perigoso. Quero ter aquele sorriso que eu vá se apaixonar por ele todo dia a cada segundo, quero um ombro para chorar ou simplesmente um travesseiro para sonhar, eu só quero algo simples, algo que seja doce mas nada enjoativo demais, quero o afastamento daqueles que me desejam tanto o mau, daqueles que me olham torto só por eu ser eu. Tudo isso por causa de luzes no céu.
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Era uma escola nova, eram pessoas novas, era um desafio novo. Era o medo, a indecisão, a falta de vontade, era a falsidade, era o amor, era a vida. Era a mente dela. No momento ela não sabia o que aconteceria a partir dali, foi numa madrugada agradável que pensou que queria recomeçar, não daria apagar as pessoas da sua vida, mas reorganizar as prioridades. Afinal o que ela estava fazendo com aquela vida tão vaga… Não fazia sentido, logo ela que sempre foi tão determinada, ela estava ali sem nada, apenas o nada, rondando a sua cabeça. Ela queria dar um basta ao que fazia mal, mas não dessa forma brusca, mas sim aos poucos. Ela tinha sonhos a realizar, vontades a fazer acontecer, ela realmente queria ser alguma coisa, e não apenas mais uma nesse mundo. Não gostava do seu corpo, odiava seu cabelo, e não estava nada satisfeita com as suas roupas, era o seu mundinho, aonde nada ocorria da forma desejada. Era uma bagunça, não apenas no seu quarto, era um bagunça geral, nos seus sentimentos, no seu coração e na sua mente. O que ela mais fazia nos últimos dias, era pensar, mas não chegava a solução alguma, só a mais perguntas, porque talvez a vida seja isso: Nunca encontrar soluções e somente mais perguntas como alternativa. Ela queria algo novo, mas tinha medo. Medo, essa palavra pode simplificar tudo, medo das mudanças, medo de deixar de lado algo que a fazia mal, medo de novidades, medo do futuro que estava por vir. Não que se fechasse do mundo, mas sim que não gostasse de se abrir a novos horizontes, ela era assim fechada a coisas novas. Mas necessitava uma mudança, para que se sentisse completa, em algo. Trabalhar, estudar, se mover. Não se trancar e viver enfurnada em um quarto com o seu mundinho, o seu computador, a sua mente, e a bagunça geral. Porque cansa ser assim, cansa não tomar um rumo. Dramática, exagerada, amava dar pitis por nada, mas era ela, a mesma que amava demais, a tal ponto de só se machucar, era a mesma que estava pronta pra ouvir e falar o que pensava, sincera, romântica, nada perfeita. Sentir, uma palavra que bastava, sentia demais, sentia muito, ao exagero.
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“Nem sei mais de nada sabe? Eu alimento minhas dores e quase parece de propósito, não sei porque. Eu tinha a mania de querer prever o futuro, já fiz isso várias vezes. Aquela mania inconsciente de nem tentar e já pensar “não vai dar certo!” e contaminar uns outros com essa minha sina de ser nada determinada, nada concentrada, nada organizada, só desconcertada. Só quebrada e atingida, só derrotada sem nem lutar. E você pareceu absorver esse meu carma, mas vai ver ele é seu mesmo, vai ver você é assim desde sempre… Não dá pra saber. Não consigo ter força de vontade, só consigo pensar “não consigo, não posso!”, mas também não sei dizer não para as pessoas, esse é um problema extremo que tem me afetado muito ultimamente. Eu me tranquei em mim mesma, eu nem lembro se escondi a chave ou joguei fora, pra sempre. Eu não tenho conhecimento de nada, cada vez que eu acho que dessa vez é o caminho certo: ou me desvio dele ou eu desisto. Tenho feito muito mal às pessoas sem perceber, será que isso é o tal do “amadurecimento”? Creio que não, magoar as pessoas assim, cada vez com mais freqüência não me parece bom de nenhum ângulo, de nenhum jeito. Então eu me pergunto o que está acontecendo comigo, não obtenho respostas e fico cada vez mais confusa e desorientada. Só tenho vontade de fazer o tempo passar mais rápido ou parar de vez, não suporto mais meio termos e agora eu sou incompreensível.”
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“Nós nunca sabemos o que dizer no momento certo. Palavras fogem de nossas bocas, de repente o português parece uma lingua estrangeira, e nosso vocabulário se extingue. Mais tarde nos arrependemos, perdemos o sono á noite pensando em como poderiamos ter falado mais, ter explicado melhor ou ás vezes até não ter dito nada. O que dizemos nos momentos mais cruciais de nossas vidas muitas vezes não é o que queríamos dizer, o que ensaiamos na frente do espelho por dias. É a primeira coisa que vem á nossa cabeça, o que nossos impulsos nos levam a falar. Eu particularmente, odeio a sensação de olhar para trás e me arrepender de coisas que não foram feitas e palavras que não foram recitadas, queria (não apenas eu, mas também o resto do mundo) ter aquele controle universal, para rebobinar e colocar tudo para fora, não esconder o que sinto e perder a vergonha que havia tido anteriormente. Mas a vida não é uma apresentação ou uma coreografia que possa ser ensaiada, ela está mais para uma apresentação de improviso, onde erros são feitos, amizades acabam, amores se extinguem e palavras faltam.”
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